Com o lançamento de Godzilla Minus One, o sucesso de um filme do Godzilla vindo do seu país de origem animou inúmeras pessoas. Infelizmente, acompanhado disso veio uma onda de desinformação contraparte ocidental da franquia: O Monsterverse.
O ocorrido é: Inúmeros leigos estão pregando que Minus One trouxe de volta as críticas sobre a sociedades, arma nucleares e outros pontos da humanidade. E tudo isso enquanto dizem que que a versão americana não faz isso, assim sendo algo sem o valor que a franquia carrega.
Sim, Godzilla Minus One é uma obra prima, ele traz vários conceitos do Godzilla de 1954 para a atualidade. Enaltecer ele é um dever cívico, ele merece com toda certeza.
Entretanto, isso não exclui os acertos do Monsterverse. E mesmo sendo uma obra Estadunidense, ele não poupa críticas e opiniões sobre o próprio país e a humanidade no geral.
Em Godzilla (2014), os militares marcam presença estando presente durante boa parte do filme. O protagonista é um soldado, o exército toma frente para tentar resolver o problema dos Mutos e do Godzilla. Eles estão presentes nos eventos do filme por inteiro.
Essa premissa termina enganando muitos, esses que assistem e concluiem:
"Uau, filme faz propaganda militar. Tinha que ser americano."
O que é extremamente errôneo. Os militares no Monsterverse podem parecer ganhar certo protagonismo, mas não é de jeito bom.
Já que, com excessão do Ford Brody, todos os soldados, comandantes e políticos americanos nos filmes do Monsterverse são retratados como boçais, burros, ignorantes e quase verdadeiros vilões dos filmes.
Os filmes serem americanos e possuírem militares neles enganam as pessoas comuns com uma falsa sensação de algum patriotismo americano ali, mas é totalmente inverso.
Desde o 2014, não existe algum feito positivo do exército nos filmes. Eles tentam resolver tudo com bombas atômicas e tiros, mas terminam complicando tudo. Gareth Edwards, Michael Daugherty, Jordan Vogt-Roberts e Adam Wingard pregam durante os 4 filmes que Godzilla e Kong sabem o que tão fazendo, a presença do homem, principalmente do exército, só faz atrapalhar e causar mais problemas.
No filme de 2014, Serizawa tenta avisar a defesa americana que Godzilla é o único capaz de resolver o problema com os Mutos. Os cabeças da operação ignoram, e o plano deles bate de frente com o que Godzilla 1954 nasceu pra criticar: O Uso Indivíduo da energia atômica, de preferência armas nucleares.
Se ouvissem Serizawa, Godzilla venceria os Mutos e menos vidas seriam perdidas. Mas aí o governo tenta usar bombas atômicas de modo que só servem de comida para os Mutos e ainda colocam em perigo uma cidade inteira.
O exército não sabe o que tá fazendo. Ele é retratado como teimoso e arrogante demais para tentar outra alternativa que não seja jogar bombas atômicas em tudo.
Claramente Gareth Edwards deixa explícito que a humanidade é falha contra uma força da natureza como Godzilla, principalmente um governo com síndrome de poder como o americano. Eles não podemos fazer nada contra Godzilla, sendo assim, uma crítica total contra o próprio governo e contra a Abominação de 1998.
Isso não para apenas nos filmes do Godzilla. Em Kong: Ilha da Caveira, o exército ganha presença novamente, sendo notória a sua culpa em várias calamidades do filme.
Os soldados ao comando de Preston Packard e de cientistas da Monarch, chegam a ilha bombardeando tudo que vêem pela frente. Sem nenhum respeito pela vida local, o exército americano faz chover fogo até onde pode.
Como quase um contra medida da própria natureza, o Kong aparece e ataca todos eles. No restante do filme, os soldados estão zangados e querendo vingança por uma confusão que eles mesmos arrumaram e não querem admitir.
Packard é o retrato fiel de um cabeça chefe militar que tem ódio do que não conhece e a resposta dele para isso é guerra.
É mais um exemplo de como Monsterverse aborda a ganância humana e o o que acontece quando armamento cai na mão de pessoas erradas.
Em Godzilla II: Rei dos Monstros isso se repete. Quando Godzilla estava pra vencer King Ghidorah, o governo americana manda um Oxigen Destroyer nas costas dele. O uso de modo totalmente imbecil dessa arma, faz com que Godzilla fique ferido e Ghidorah domine o planeta.
O uso dessa arma faz paralelo com o temor que Serizawa do filme de 1954 possuía. Ela ser usada por homens gananciosos e isso trazer mais tragédias, como foi a bomba atômica.
Aliás, muitos pregaram que nesse mesmo filme existe uma propaganda Pró Bomba Atômica. Já que Serizawa usa uma para energiza Godzilla e trazer ele de volta.
Sinceramente, quem fala isso não tem ideia da lore da franquia e tá tendo um pensamento muito restrito sobre os temas.
O conceito não é original do Rei dos Monstros. A ideia de energizar Godzilla com armas nucleares veio do filme Godzilla Vs King Ghidorah da Era Heisei. No filme, os japonês pensam em usar armamento nuclear para trazer Godzilla de volta para atacar King Ghidorah, igualmente como no filme do Monsterverse.
Segundo, no contexto da cena não existe uma exaltação da Bomba Atômica. A cena inteira gira em torno da Raça Humana pedir perdão a Godzilla pelos erros cometidos. E nas palavras do próprio diretor do longa, ele ver Godzilla como uma representação da natureza. A cena inteira funciona como o ser humano tentado desfazer seus erros.
Em momento algum pregam: BOMBAS ATÔMICAS SÃO LEGAIS, CARA!!
Monsterverse não só aborda em mostrar como exército é ineficaz contra os Titãs, como também criticam a ganância humana no geral. O desrespeito da humanidade pela natureza e por si mesmo, a extrema arrogância de querer ser o centro de tudo e superior a todos.
O que é abordado em Godzilla Vs Kong.
Walter Simmons, vilão humano de GVK, se sentiu ameaçado com a existência dos Titãs. Seu ego foi tão atingido, que o cara foi lá e criou um Mechagodzilla, simplesmente pela vontade de ser o alfa em tudo. Batendo novamente na tecla de: O que a humanidade sente medo, ela teme. E se ela teme, ela tenta destruir.
Novamente o ser humano cria armas e usam de jeito irresponsável, matando milhões por estupidez e ganância.
E falando sobre o astro principal dos filmes: GODZILLA!
Godzilla do Monsterverse é descrito como uma criatura divina antiga, que consome radiação e luta pela dominação do seu território. Godzilla tem consciência dos seus atos, tem feitos de inteligência e até um dialeto próprio entre ele e os outros Titãs. Eles são mais do que apenas animais, são seres com uma consciência diferente de qualquer outra coisa.
Muitos visam que ele é uma figura heróica por estar combatente os Titãs malévolos e assim salvando a humanidade. Mas Godzilla no MV é uma figura neutra. Ela é uma força da natureza imparável, vai passar por cima de tudo e todos pra alcançar seu objetivo. Não importa quantas pessoas morram, quantos danos ele traga, se ele derrotar o inimigo no final, ele sai satisfeito. Godzilla não encaixa na figura de super heroísmo, assim como nem na do anti heroísmo ou vilanismo. Ele é um ser com vontades próprias e que toma suas próprias decisões acima da moralidade falha humana.
Em conclusão: Monsterverse é lotado de criticas e alfinetadas a humanidade, não tomando partidos nacionais e metendo o pau em tudo e todos. E esse é o conceito básico da franquia. Não ser filmes vazios de Monstros se batendo, usar deles e suas histórias para apontar nossos terríveis erros, assim como surgiu Gojira em 1954.
mas em comparaçao com a japonesa E CHATO com elenco humano sem carisma
ResponderExcluirO que mais acertaram em G-1 foram os personagens humanos serem bem firmados na realidade, enquanto quase nenhum filme americano (de fantasia em geral) faz isso. Por isso G-1 atingiu tantas pessoas de forma tão pesada, os personagens mostram seus problemas pessoais de forma muito real.
ResponderExcluirEntão por mais que as críticas sociais dos americanos também sejam validas, os humanos são quase sempre estrupidos e desconexos com a realidade, pelo menos é isso que eu sinto com quase todas as obras de fantasia dos EUA.
Em Godzilla Minus One, se vc remover o elemento de fantasia (Godzilla) do filme, ele continua sendo ótimo, um drama sobre a guerra com personagens críveis, firmados na realidade, com tomadas de decisões que uma pessoa normal faria (considerando a cultura e a época, é claro). E é isso que fundamentalmente torna G-1 em um filme espetacular, enquanto os americanos só valem mesmo pela ação dos monstros, o resto é dispensável.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPouha, gostei de ver
ResponderExcluirTodos eles tem, e por mais que boa parte desses filmes as pessoas são mal escritas, eu sinto que com Kong ilha da caveira é diferente, os personagens tem tempo de serem desenvolvidos e são muito carismáticos, além de que diferente de minus one, eles são personagens mais simples, que menos tempo de tela já explica muito bem o que precisa pra podermos apreciar a mensagem da obra.
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