Os MUTOs (Titanus jinshin-mushi), são monstros criados pela Legendary Pictures para o longa Godzilla, de 2014, aparecendo também em Godzilla II: Rei dos Monstros e na graphic novel Godzilla: Aftershock. As novas criaturas com seu desing completamente original chamaram atenção pela icônica aparência, ganhando muitos fãs no Monsterverse. Seu nome provém de Massive Undentified Terrestrial Organism (Organismo Terrestre Massivo Não-Identificado).
Nesse artigo iremos desvendar um pouco mais sobre a natureza desses titãs.
Anatomia:
Á primeira vista os MUTOs parecem monstros bem estranhos e o próprio Gareth Edwads os definiu como os UFOs do mundo Kaiju. Se assemelham á gigantescos artrópodes* e, como eles, possuem um poderoso exoesqueleto de cor metálica, formando uma armadura capaz de resistir ao sopro atômico do Godzilla e ao mesmo tempo flexível em algumas partes para movimentação e vôo. A super espécie conhecida como MUTO PRIME ou Jinshin-mushi possui um pesado exoesqueleto encrustado e coberto com espigões na parte dorsal sendo um verdadeiro tanque de guerra dos kaijus.
* Artrópode: grupo de animais invertebrados que possuem membros articulados e uma camada externa envolvendo o corpo – o exoesqueleto. São eles: aranhas, formigas, lagostas, borboletas, etc.
MUTOs possuem 4 pares de membros locomotores, sendo que no macho o primeiro par é transformado em asas, ligas por pele, formando o que chamados de patágio, semelhantes á dos extintos pterossauros. Alguns membros parecem articulados externamente, como as patas abdominais dianteiras, além do tórax e abdômen semi articulados. MUTOs têm dois olhos compostos bioluminescentes que se alongam em toda lateral da cabeça, aumentando o campo e eficiência da visão.
Os MUTOs também misturam algumas características dos vertebrados: possuem um esqueleto interno (endosqueleto) onde sustentam músculos fortes para uma movimentação ágil e golpes poderosos e graças á tal musculatura resistente podem se mover rapidamente, escavar e viajar longas distâncias.
Fisicamente essas criaturas têm uma postura e marcha quadrúpede, semelhante á dos primatas (com o ombro arqueado e caminhando apoiado sobre os nós dos dedos das patas anteriores). Suas patas traseiras se assemelham á dos répteis com dedos escamosos com unhas em formato de garra.
Esquema do provável endosqueleto dos MUTOs |
Nutrição:
Os MUTOs se alimentam de fontes de radiação ativa sejam elas naturais (radiação corporal de outros kaijus, sendo predadores de espécies menores) ou artificiais (usinas nucleares, submarinos ou bombas nucleares). Possuem maxilas quadrangulares, sendo que o macho possui dois pares de maxilas – um externo, para pender o alimento durante a mordida e um mais interno para partir e mastigá-lo – enquanto a fêmea possui apenas um. Ambos têm apêndices nas mandíbulas que também ajudam na apreensão, dentes cônicos afiados e um bico na região do rostro, além e um par de patas abdominais menores que conduzem o alimento á boca.
Para localizar o alimento, MUTOs usam a ecolocalização emitindo sons que ecoam ao se deparae com um objeto, no caso, o alimento. Receptores na região da cabeça permitem identificar a forma e o tipo de alimento assim como sua localização. Outros prováveis receptores podem estar ligados a percepção térmica da radiação emana do corpo de outros kaijus, tal como serpentes detectam calor do corpo de pequenos mamíferos.
Assim como outras criaturas do MonsterVerse, os MUTOs dispõem de adaptações no trato digestivo para uma dieta radioativa, que lhes dá a energia necessária para suas células. O que não é aproveitado é descartado (urina e fezes, levando que nesse universo a radiação dos kaijus é benéfica, portanto devolvendo nutrientes ao ambiente).
Comunicação:
MUTOs se comunicam usando seu biossonar (o que os aproximam ainda mais aos vertebrados como cetáceos e morcegos), emitindo uma sequência de cliques e grunhidos que ecoam á longas distâncias cuja função é a função de reconhecimento, busca de alimento e parceiros para reprodução. Em Godzilla (2014) é mostrado que mesmo em estado inerte, no casulo, os MUTOs têm a capacidade usar ecolocalização emitindo pulsos de baixa frequência para a percepção de maturidade sexual do parceiro, ou seja, fêmea e macho só rompem o casulo quando estão ambos maduros suficientes para o acasalamento). Em Godzilla Aftershock (HQ), MUTO Prime é capaz de detectar se seus ovos foram implantados com sucesso dentro do corpo do hospedeiro utilizando seu sonar natural. Além disso os MUTOs podem emitir sons modificados á longa distância para poder atrair presas, como Godzilla (como explanado no desenvolvimento do personagem para o longa, Godzilla - 2014).
Reprodução:
MUTOs são seres de reprodução sexuada, existindo os dois gêneros dentro da espécie. Possuem grande dimorfismo sexual, com a fêmea áptera (sem asas), com até 91, 44 m, maior e mais pesada que o macho que é alado, possuindo 61 m de altura. A altura de MUTO Prime é desconhecida, provável que supere 100m. A reprodução é ovípara e parasítica, onde a fêmea deposita ovos no corpo de um hospedeiro, técnica semelhante á de vespas parasitoides que incubam seus ovos em outros artrópodes (aranhas, baratas e lagartas de mariposas).
Dimorfismo sexual nos MUTOS (fêmea á esq. E macho á dir.) |
MUTO Prime, uma gigantesca fêmea fecundada, escolhe e usa de técnicas para atrair um hospedeiro (têm preferência pela espécie de Godzilla, Titanus gojira, embora possam atacar outros kaijus) onde utiliza de sua grande força física e um rugido sônico para subjugar a vítima. Após dominar o hospedeiro, a fêmea utiliza ovipositores tentaculares presentes em sua face e dotados de estiletes que perfuram o corpo do hospedeiro, injetando seus ovos geralmente na região abdominal. Após perceber, através do biossonar, que sua leva de ovos foi depositada com sucesso, a MUTO Prime abandona o hospedeiro e foge.
Os ovos irão se desenvolver em esporos, se alimentando dos fluídos e radiação do corpo hospedeiro e levando-o á morte.Da carcaça do hospedeiro eclodem larvas que o abandonam e formam uma crisálida. Tanto os esporos quanto a crisálida podem ativar o modo de criptobiose em condições desfavoráveis, permanecendo inativos por longos períodos (milhares de anos ou mais) até até que as condições estejam ideias, assim reativam seu metabolismo e completam seu desenvolvimento até o estágio adulto, rompendo o a crisálida e se dispersando no ambiente. Desde a ninhada ocorre uma grande disputa pela sobrevivência onde somente os indivíduos mais fortes
sobrevivem.
Mutação para Prime:
Interessante notar que a fêmea MUTO, diferente da Prime, não possui ovipositor e sim um canal vaginal na região posterior do corpo e a mesma já produz uma leva de ovos não fertilizados armazenados em seu oviduto envolvido pela membrana abdominal. Em hipótese (nossa por sinal hue, hue), a fêmea MUTO consegue se reproduzir em seu estágio jovem (como visto no longa de 2014) de maneira partenogenética (a partir de ovos não fecundados. Exemplo: abelhas), uma maneira alternativa de propagar a espécie com alto potencial invasor (uma verdadeira praga do mundo kaiju).
Outro ponto é que a fêmea após o acasalamento pode matar e se alimentar macho (ao melhor estilo louva-a-deus!) desencadeando grandes mudanças fisiológicas e anatômicas para seu novo papel como reprodutora, onde se torna a nova MUTO Prime. A mesma acumula esperma do macho em seu receptáculo seminal (como nos insetos) e produz uma nova leva de ovos fertilizados, além de mudar o seu comportamento para um hábito fossorial (vivendo no subterrâneo) e caçada á um novo hospedeiro para depositar seus ovos através dos ovipositores, reiniciando o ciclo.
Além do rugido sônico da Prime, os MUTOs também emitem pulsos eletromagnéticos que inibem a capacidade do sopro atômico de Godzilla, uma estratégia evolutiva natural dos parasitas para poder subjugar seu hospedeiro.
Correções: Provavelmente o M.U.T.O Prime é macho, pois existe uma Rainha M.U.T.O. Outra coisa é que, mesmo todos os M.U.T.Os tendo um rugido sônico, o rugido do Prime é mais desenvolvido, já os M.U.T.Os normais nem parecem ter o rugido.
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